domingo, 3 de julho de 2011

Feno para os Cavalos - Gary Snyder


Hay For The Horses


Ele dirigiu metade da noite
Vindo longe de San Joaquin
Atravessando Mariposa, acima
Nas perigosas estradas da serra,
E descarregou às oito da manhã
A carga de fardos de feno
atrás do celeiro.
Com guinchos, cordas e ganchos
Nós amontoamos todos os fardos
Até o madeirame rubro do telhado
Alto no escuro, farpas de alfafa
Giravam nas frestas de luz,
Coceira de pó de feno adentra
Calçados e roupas suorentas.
Almoço sob o escuro carvalho
Fora do aquecido curral,
- A velha égua farejando baldes de ração,
Gafanhotos estalando na grama -
“Estou com 68” ele disse,
“Passei a juntar feno aos 17.
Pensei quando comecei naquele dia,
Que odiaria fazer isso a vida toda.
E dane-se, eis o que
Tenho feito e refeito.”


trad. Leonardo de Magalhaens
.

Hay For The Horses
He had driven half the night
From far down San Joaquin
Through Mariposa, up the
Dangerous mountain roads,
And pulled in at eight a.m.
With his big truckload of hay
behind the barn.
With winch and ropes and hooks
We stacked the bales up clean
To splintery redwood rafters
High in the dark, flecks of alfalfa
Whirling through shingle-cracks of light,
Itch of haydust in the
sweaty shirt and shoes.
At lunchtime under Black oak
Out in the hot corral,
--The old mare nosing lunchpails,
Grasshoppers crackling in the weeds --
"I'm sixty-eight" he said,
"I first bucked hay when I was seventeen.
I thought, that day I started,
I sure would hate to do this all my life.
And dammit, that's just what
I've gone and done."
...


Nenhum comentário: